Então era isso, eu estava voltando pra casa com meu namorado e com uma nova pessoa que, agora, faz parte da nossa família. Vai ser tão estranho seguir nosso caminho sem pensar nisso tudo. O que direi para minha família? Amigos? Quais seriam as atitudes tomada por eles? Quais seriam suas reações ao saber o que fiz? Será que entenderiam que tudo isso foi pela minha vida, do Andy e a Elouise? Ou será que eles não aceitariam e me culpariam por tudo. Eu não sei mais o que pensar, eu nem sei aonde deveria ir primeiro... Talvez um hospital, pois o Andrew estava com sua pulsação fraca e o meu medo de perde-lo era maior.
Eu olhei para a Elouise que acariciava os cabelos do Andy e o fitava com muita tristeza. Tentava ler seu olhar, talvez estivesse pensando na família que perderá pra aquele maldito bêbado.
- Ele ainda está respirando, se quer saber - Diz Elouise.
- Eu sei... - Digo olhando para ela pelo retrovisor.
- Temos que leva-lo pra um hospital rápido, eu não acho que ele resista por muito tempo - Diz ela preocupada.
- Eu o levarei... - Digo pensativa.
- O que tem? - Pergunta ela.
- Medo - Digo.
- De que? - Pergunta novamente.
- De tudo - Digo suspirando - Da reação da familia, da policia. É muita pressão pra uma pessoa.
- Mas nós que somos as vitimas - Ela diz tentando reconfortar.
- Mas eu cometi os crimes, mesmo que tenham sido pra salvar nossas vidas, isso ainda é ilegal e eu não quero ir presa - Digo quase chorando - Eu enlouqueceria de vez.
- Então o que vai fazer? - Pergunta.
- Eu não sei. - Digo finalizando a conversa.
Creio que voltar para Louisville demoraria mas não tanto como eu temia. Fazia um tempo já que ficamos fora e eu nem lembro mais quanto tempo levava de lá para casa e nem lembrava de quanto tempo passamos fora.
Escutamos algo vibrar e vinha de dentro da minha bolsa. Elouise pega e me o entrega meu celular. Minha mãe estava a chamar então eu atendo.
- Oi mãe - Digo segurando o choro.
- Minha filha, graças a Deus!! Onde vocês estão? Por que não atenderam o celular? - Diz ela nervosa.
- Desculpe mãe, nós preferimos não usar os celulares pra aproveitar o máximo nossa viagem. Você entende, né? - Minto para ela
- Entendo sim... - Ela para um pouco - Mas onde vocês estão?
- Estamos indo para casa. Na verdade, estou levando o Andy para o hospital.. - Ela não deixa eu terminar de falar.
- O QUÊ? HOSPITAL? O QUE ACONTECEU COM ELE? - Ela grita no telefone.
- Calma, mãe. Ele só destorceu o pé, eu acho. - Minto mais uma vez.
- Qual hospital vão? Eu vou até vocês. - Ela exige.
- Quando chegarmos eu prometo que ligo e lhe informo. - Eu a tranquilizo.
- Certo. Tenha cuidado minha filha, te amo muito, saiba disso sempre! - Ela diz.
- Também amo muito você, mãe. - Digo segurando o choro e desligo o celular.
- Por que não disse a ela? - Pergunta Elouise de novo.
- Tive medo. - Respondo a ela.
- Ela sabe que não é verdade... - Diz ela.
Eu a olho e fito seus olhos cor mel que pareciam me desafiar.
- Como sabe? - Pergunto.
- Minha mãe dizia que toda mãe sabe que algo está errado. Elas sentem isso. - Diz ela agora me fitando.
Eu não digo nada e volto a minha atenção para a estrada que estava muito escura devido falta de civilização.
....
Finalmente, estou em Louisville, minha cidade, minha terra, minha casa. É tão bom poder voltar a tudo que você conhece. Já mais aliviada eu corro para o hospital mais próximo de nós, Andy lutava pela sua vida e eu tinha que ajuda-lo. Demora mais ou menos 40 minutos até o hospital então eu corro até os enfermeiros para poder buscar Andy no carro pois eu não tinha forças, muito menos a Elouise. Os enfermeiros correram com a maca e prenderam ele nela e o levaram. Eu fiquei na recepção dando todos os dados do Andy enquanto os médicos o examinavam. Eu sabia que seu estado era grave e eu temia pela sua morte mas tinha fé que ele sairia dessa bem. Eu me sentei depois e liguei para a minha mãe revelando-lhe o local de onde estávamos, creio que ela estaria aqui em questão de poucos minutos...
Dito e feito! Minha mãe chegou cerca de mais ou menos 20 minutos. Ela me olhou da cabeça aos pés e fez o mesmo com a Elouise que estava do meu lado, provavelmente notou nossas roupas sujas. Ela me abraçou forte durante segundos e pelo seu abraço percebi que não estava bem, eu acho que ela sabia que nada certo. Minha mãe me solta, então eu abraço o meu pai que estava logo atrás dela nos observando. Senti uma grande vontade de chorar e contar-lhes tudo ali mesmo, contar o que eu guardei durante esse tempo. Eu estava sofrendo com tudo isso remoendo dentro de mim, eu não me sentia bem e sei que uma hora eu teria que contar pra minha família.
Meu pai olha a Elouise e a encara.
- Quem é a garotinha? - Pergunta ele.
Eu fico sem dar a resposta e depois digo que é uma amiga que vi na rua e lhe ofereci carona. Meu pai fez cara de quem não caiu na conversa porém não exitou em perguntar novamente pois sabia que eu iria lhe contar de novo. Nos sentamos nas poltronas perto da recepção esperando noticias do Andy. Finalmente um médico veio até nós, sua expressão me agradava muito.
- Bom, o que tenho a lhes dizer é que ele está bem. - Ele olha para mim sério - Porém seu estado não é muito bom e sua saúde está muito baixa, seus ferimentos também não ajudam muito. Vamos limpa-lo para não infecciona-lo. Ele ficará aqui aos cuidados de profissionais até que se recupere. Precisamos que os parentes proximos á ele compareçam ao hospital, certo?
- Certo. Mas doutor, você pode me dizer se ele ficará bem? - Pergunto preocupada.
- Não sei te dizer ainda, lindinha. Seja lá o que aconteceu com vocês isso o prejudicou muito. Ele está muito magro, parece que não come a dias e muito ferido o que pode causar infecção. Faremos o possível para salva-lo. - Ele diz olhando para mim tentando me confortar.
- Ok. Obrigada mesmo assim. - Digo depois abaixando a cabeça.
- Você também não parece bem, venha, iremos fazer exames em você, pro seu bem. - Ele pega pelo meu braço delicadamente e depois olha para a Elouise. - Ela também.
Elouise o olhou assustada mas depois não exitou e nos acompanhou.
- Vocês são os pais dela, sim? - Pergunta o médico e meus pais confirmam. - Por favor, preencham o formulário na recepção enquanto eu as levo.
- Eu ligarei para pais do Andy. - Diz minha mãe.
Meus pais foram até a recepção enquanto eu e a Elouise entravamos numa das salas do hospital. Aquele cheiro me lembrava a infância quando vinha tomar vacinas, cheiro de remédio e luvas, não sei bem explicar o cheiro que os hospitais possuíam.
- Sentem-se nessas cadeiras, por favor. - Diz ele e logo sentamos. - Só um minuto.
O médico pegava agulhas e uns tubos em que colocavam o sangue para os exames.
- Eu estou realmente preocupado com vocês. - Diz ele colocando as luvas - O que aconteceu com vocês?
Elouise não disse nada apenas olhou para mim esperando que eu dissesse algo.
- Fizemos uma viagem que não acabou dando muito certo... - Digo ao médico.
- E o que deu errado? - Pergunta ele.
Eu realmente não queria dize-lo, tinha medo do que poderia fazer.
- Eu gostaria de não responder isso - Digo tentando parecer desconfortável.
O médico, que aparentava ter uns trinta anos, sentou ao meu lado para poder tirar meu sangue depois olhou profundamente nos meus olhos como que quisesse ler eles.
- Eu sei que seja lá o que tenha sido foi muito grave para não querer dizer. Vendo também o seu estado. Olhe seus braços, estão marcados. - Diz ele ainda olhando para mim - Mas eu gostaria muito de ajudar e isso seria bom se me dissesse e o hospital meio que exige isso. Mas se não quiser dizer, eu vou entender.
Eu fico sem palavras com tudo o que ele acabará de dizer. Senti uma enorme vontade de conta-lo mas eu me contentei em não deixar nada escapar.
- Certo. Vocês ficaram tomando soro até os resultados saírem. Venham. - Diz ele abrindo a porta.
O doutor nos leva para outra sala onde eu e Elouise pudemos tomar banho e nos vestirmos com aquelas roupas de hospital. Eu achava muito ridiculo aquelas roupas mas o doutor insistiu que ficássemos de repouso. A cama da Elouise ficava de frente a minha então eu poderia ter a sua companhia até lá. O doutor nos inseriu a agulha para o soro e nos deixou a sós na sala em seguida.
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Oeeee to de volta aqui trazendo esse capitulo delicia, né :v. Queria dizer que a fic está no fim já, creio que o proximo capitulo seja o ultimo, talvez eu faça outra, talvez não, mas ela está no fim :( pse. Queria agradecer a vcs que continuaram lendo e chegaram até aqui, vcs são o motivo de eu continuar <3 Eu fico muito feliz de ve-las aqui sempre, então obrigadaaaa <33
rps
Karina caetano: Continuei more :* kk
Sra. Biersack: Sem pro, o importante é q vc voltou <33
Maristella Lewandowski Ai que fofa vc *-* kk. Pronto, tai outro cap :v te espero no outro, bjjjs :**
Kisses and Hugs, Carolyn